quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Boa viagem!


Uma simples pergunta pode mudar meu amor de fora repentina. Alma em chamas com a possibilidade de noites quentes, e sono calmo pela certeza do amor. Há tanta paz nesse encontro... E me sinto presenteada.

Vontade de sair correndo, te contar e te beijar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

4 x 4


As lembranças me trazem sensações indecifráveis. Um tempo de ingenuidades, de descobertas e de conforto que vem a tona através de uma simples melodia e flash’s aleatórios. Passava as minhas tarde a sonhar, com amores, com planos e vontades, talvez. Não me percebia no mundo, mas percebia o mundo, sentia-o, as sensações eram sutis, e uma sensibilidade intensa, até pelas coisas mais banais.

Coisa boa essa, ser criança. Descobertas, medos e paixões tão fluidos como as águas de um rio. Saudades. E os sorrisos alegres, despreocupados. Há ausência de obrigações, regras, metas. E o silêncio que por muitos não foi entendido, dizia muito sobre o meu êxtase em viver e investigar todas as nuances. Conversas alheias, casais de namorados, crianças levadas, pássaros ouriçados. Tudo me parecia mágica, com encaixes perfeitos.

Tinha vontade de dar-lhes meus olhos, para que enxergassem a beleza que eu achava que só os meus conseguiam ver. Ou colocar tudo numa caixinha, junto comigo, e guardar, parando o tempo. Nada era cotidiano.

Ah, se minha memória não fossem tão fugaz... E se tudo não se transformasse tão rápido. Seria mais feliz? Novos enquadramentos e percepções distintas, constatações, e realidades frias. Como é difícil se manter viva, efetivamente viva, fervilhando. A inércia não me é atrativa, é necessário uma chama, que surpreendentemente encontrei nas águas.

A menina ainda pulsa aqui. Tímida. E continua brincando com bonecas, de carne e osso desta vez, e se maravilhando com a beleza que muitos insistem em não ver.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Nós


A ansiedade distrai meus olhos e troco os caminhos, mas nada me tira a serenidade do encontro, sigo a passos lentos degustando o momento pedacinho por pedacinho. Ao chegar vejo, e percebo, sem adição de palavras o meu motivo de vida. Sinto ciúmes da pessoa que está na outra linha, conversando, com ela, que me recebe com um sorriso, O sorriso e assim me tem por inteira. Única vontade. Seus beijos.

Seguimos, entre juras de amor e constatações desse amor só nosso. Respirando prazer e felicidade, mergulhando em todas as vontades, ice’s e chocolates. Até a ida a faculdade não transforma nosso estado de êxtase, e entre todas as folhas ela se mostra minha, entre todas.

Perdemos o rumo, e nos encontramos na cama, nossa, que acomoda todas as lembranças. Mergulhadas em recordações campestres, trazidas pelo licor, sorrimos bobas, e maravilhadas com a presença do Nós. Cartas. Apostas sem fundamentos, e a sabedoria das vontades mútuas. Nos perdemos entre pernas, braços, abraços e beijos. Vontade de te grudar em mim, vontade de gritar meu amor. Nossos corpos unidos num sentimento sublime.

E a volta pra casa e embalada por melodias, cantadas pelos lábios que não se cansam de sussurrar palavras de amor, se passa com calma, até os cigarros foram deixados de lado e os companheiros, desta vez, foram os chocolates. As ruas se tornam agradabilíssimas e as pessoas maravilhosas, nada ferre esse sentimento de plenitude.

Onde?


O medo sempre a espreita, e os pensamentos ora são tímido, ora inexistente. Fantasmas que me acompanham, com as intenções mais mesquinhas possíveis. Minha felicidade pouco importa. Até o pensar em amor me dar medo. Será que os fantasmas podem ouvir meus pensamentos?

Meu corpo frágil,são tantas as dores acumuladas. E o que eu queria era só um momento de paz. Mas não posso ter. Eles não entendem. Corpo preso. Nos meus sonhos, onde tudo parecia familiar, agora habitam pesadelos dolorosos. Minha paz está trancafiada na vaidade que não é minha.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O vazio.



Minhas lágrimas choravam cada objeto do nosso mundo, todos os detalhes e as memórias. Sentia todos prazeres que você me deu ao inverso, uma dor tão cortante. Uma navalha. Meus olhos cerrados se despediam do amor, da felicidade e da paz. Do nosso conforto em amar. Mas quando se abriram e viram, a cama bagunçada, os vinis, a taça de vinho, o armário, cenário de tantas brincadeiras... a dor só fez aumentar. Você ao meu colo, sua pele na minha e a sensação do fim. A janela que muitas vezes me trazia a melancolia e a súbita vontade de pular, também me dava adeus. Seu cheiro, seu gosto, sua voz, todos juntos numa triste marcha de despedida. O ruído do piso de madeira, as paredes, as cores e a escada. Era o fim, a última vez. E ao sair daquela porta. Observando e guardando dentro de mim cada detalhe, nosso amor, você me deu Adeus.

A sensação me morte, misturada com meu sexto sentido que só me assombra, trouxeram-me até em casa. Tantos carros, tantas pessoas e nem uma sensibilidade. Foram necessários cigarros.

As palavras.

Minha amada

Armada

Com palavras, facas...

Amordaça

Minha alma, inebriada, e

Fadada

A te amar.

Beijos que me marcam, que me tomam e (re) tomam. O rosto puro e cheio de luz.

Me mostro.


A mesa branca como a minha mente, cheia de cores, mas com a mistura de todas resulta no vazio, no branco alabastro, puro, mas neste caso pobre porque o amor também é feito de palavras. A luz que me faz semi-serrar os olhos, me acalenta também. Luz seda.

Ponho-me a maquinar... Há tanta vontade cravada no meu peito, no meu corpo, na minha alma. Seria tão bom se assim como, os sentimentos são transformados em palavras mesmo que deveras não sejam fieis, se as palavras despertassem a mínima faísca do que eu sinto como labareda por ela.

Será que conseguirei alcança-lhe o coração, apenas com minhas tortuosas palavras? Doce menina minha, te tenho nas mãos, mas não te tenho na sua imensidão.

Ponho-me a escrever...

Como transformar meu amor em palavras, visto que, a quem quero encantar não ouve as minhas melodias de amor? Triste situação, criada por mim, possível e infelizmente. Mas cartas de amor não podem falar de coisas tristes? Ou podem? Na minha cabeça habitam tantas interrogações...

O que você sente? Pergunto-me a fim de tentar ser o mais fiel possível, tento perceber esse sentimento que tem avassaladora dimensão. Um aperto no peito. Doe. Respiro profundamente a fim de dissipar essa sensação, degustar, disseminar e analisar, por que sentir doe na ausência. Mas ele não se dissolve, é concentrado é denso como o cheiro que ainda permanece em minhas mãos e inebria meu olfato.

Desisto de detalhá-lo, ouço-o no tom grave. Assustador. Sem medo de tê-lo, senti-lo, comê-lo, mas assustada com o timbre desconhecido até então.

Meus pensamentos são confusos, minha bonequinha de porcelana. E temo que você não me entenda. Não consigo escrever sem as malditas interrogações, elas surgem, a todo momento, desviando a minha atenção sordidamente, quase obscena. Eu sou um turbilhão...